quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Azeite DE OLIVA

Quem não se lembra da divertida definição sobre um etílico como o melhor amigo do homem, do poeta Vinícius de Moraes, em declaração de amor e fidelidade a bebida. “Whisky é o cachorro engarrafado”, dizia. Porém em matéria de saúde, outro engarrafado – mas nada alcoólico – o azeite de oliva, é que mereceria com toda adequação a homenagem.
O azeite sempre foi um produto de grande importância. E isso desde os fenícios, como também para os etruscos, especialmente do ponto de vista econômico, pois entre aquelas civilizações já era um produto destinado à exportação. E nesse âmbito, parece que pouca coisa mudou até nossos dias. Toda a diversificada região ao redor do mar Mediterrâneo, em razão do micro-clima, sempre foi abençoada e especializada no assunto. O resto do mundo teve que se contentar com a importação.
Plínio, o Velho, nos tempos de Pompéia, relata os diferentes tipos de azeitonas conhecidas na sua época. Salienta, em especial, uma variedade muito rara e "mais doce que as passas de uva”, encontrada somente na Espanha. Logo, não deve ser a toa que este país, em pleno século 21 d.c., detém a maior produção mundial em óleos de oliva e tornou-se o maior exportador do produto. Já Catão recomendava uma dieta a base de azeitonas, especialmente para a massa de mão de obra escrava, pelo seu alto índice calórico e de proteínas.
Porém, um bom azeite parece jamais ter sido um pitéu para plebeus. “As 468 Receitas de Ricos” compiladas por Apicius, na Roma Antiga, comprovam a tese, onde citavam 10 ingredientes básicos para a preparação de um “prato de rico”, e por ordem de importância: pimenta, garum, azeite, mel, levístico, vinagre, vinho, cominhos, arruda e coentro. Apicius ainda insistia: “Para cozinhar um prato, são necessários em média oito ou nove destes ingredientes, os quais, devido ao seu preço, não figuram na culinária dos pobres”...
Felizmente as coisas mudaram neste aspecto e o atual modelo econômico contribuiu com certa democratização também à mesa... Afinal desembolsar em média de R$ 12 a R$ 20 por um produto importado, e ainda em se falando de meio litro de bom azeite virgem de olivas, não vai deixar ninguém na ruína – considerando que tal volume irá render muitos pratos e arremates culinários que justificarão o investimento. Mas, especialmente, considerando os aspectos “medicinais” e preventivos que o famoso óleo de oliva promove (e que todo o moderno conceito de alimentação equilibrada apregoa). Ele garante longevidade, baixa do colesterol, combate aos radicais livres, pele luminosa, fácil digestão, inibe a enxaqueca, ajuda na manutenção estrutural das membranas dos neurônios, previne certos cânceres, arteriosclerose, enfartos, derrames, artrites, etc. etc. – atributos que as outras gorduras comestíveis não garantem, convenhamos.
Em razão de tamanhas vantagens, e como “alimento funcional” – que previne doenças – o consumo mundial aumentou expressivamente. O Brasil acompanha atento a escalada. Segundo estimativa da Oliva (Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira), no primeiro bimestre de 2007 foi registrado um crescimento de 32,7% nas importações de azeite em relação ao ano anterior, o que correspondente a mais de 5.200 toneladas vendidas contra 3.900, do ano anterior. Estima-se superar, até dezembro, a marca de 31.500 toneladas – porém, lembrando que o Brasil utiliza modesto 1% do óleo de oliva produzido no mundo.
O diretor da Mr. Man, empresa que comercializa os azeites espanhóis da marca Ybarra no Brasil, Diego Man, acredita no boom dos azeites, em razão do crescimento da informação, especialmente no item saúde – mesmo que até agora os azeites da Espanha tenham ficado com 22% da fatia do mercado brasileiro, o que significou um movimento de US$ 30 milhões.
Por tudo isso, a Mr. Man acaba de diversificar a oferta colocando três novos produtos da Ybarra na classe Extra Virgem (o tipo mais puro, que dispensa refino), no mercado nacional: Azeite Aromático, produzido 100% da azeitona Hojiblanca, com aroma de ervas frescas, ligeiramente amargo e picante com coloração verde amarelada; Azeite Intenso, um Extra Virgem das variedades de azeitonas Hojiblanca e Picual; Azeite Gran Selección Extra Virgem, um sofisticado blended das variedades Hojiblancas e Arbequinas, que é caracterizada por render um azeite suave, doce e com aroma de frutas maduras. A meta é atingir todo o varejo nacional, com preços entre R$17 e R21, em embalagem de meio litro. “O consumidor brasileiro já está apto a escolher variedades mais elaboradas e o mercado para o extra-virgem só tende a aumentar”, avalia o empresário. O sumo extraído das olivas, o azeite, está intrinsecamente vinculado aos hábitos das culturas mediterrâneas desde sempre. Mas é somente a partir do Império Romano que as olivas passam a ter cultivo sistemático e importância alimentar, figurando como um dos pilares da hoje famosa e saudável “Dieta Mediterrânea” – que, trocando em miúdos, quer dizer: trigo, azeite e vinho (complementando: verduras, frutas, lácteos e pouquíssima carne vermelha).
"Zitoun" e "Zite" (oliveira e azeite) é etimologia de origem semita, provavelmente fenícia. No idioma português, a palavra foi emprestada do árabe: “az-zayt”, literalmente suco de azeitona; já os italianos mantiveram o vocábulo latino “olio” – relativo à oliva. Seja como for, o melhor de todos continua sendo o tipo “extra virgem”, prensado a frio. Aqui o termo se refere a acidez. Segundo o COI (Conselho Internacional da Olivicultura), ficou estabelecido que um extra virgem não pode ultrapassar a 0,8% em acidez. Daí até 1,5% o azeite deve ser classificado como simplesmente virgem. Acima desse índice estamos diante de um azeite comum, necessitando de um processo de refino.
Por razões culturais e históricas, o azeite português segue sendo o mais consumido e o predileto entre os brasileiros. Mas quem lidera a produção do mundo é a Espanha, englobando 40% de todo o mercado mundial. O segundo maior produtor é a Itália, com 21%, seguida pela Grécia, responsável por 14%. Outros produtores, como Síria, Turquia e Marrocos, respondem por 15% da produção. Temos aqui que incluir os “azeites do Novo Mundo”, como os argentinos e chilenos – o primeiro, um fornecedor tradicional para o vizinho mercado brasileiro e os chilenos (que há muito se especializaram no agro-negócio de alto nível) estão abrindo fronteiras lentamente.
E por falar em azeite português, a empresa que detém a marca Gallo está festejando um índice nada desprezível: o azeite mais vendido no Brasil, em 2006! A tradicional marca portuguesa de azeites Gallo bateu recorde de vendas com a comercialização de 2,5 milhões de litros, o que representa um crescimento de 40% em relação ao ano anterior. A Gallo fechou o ano com um market share de 21,7% (A/C Nielsen 2006) no mercado brasileiro e consolidou a liderança absoluta emtodas as regiões do país.
"Este aumento é bastante expressivo e pode ser creditado a confiança conquistada entre o consumidor brasileiro, pois Gallo é uma referência que está presente na história das famílias brasileiras, desde a década de 30", afirma Rita Bassi, diretora-geral da Gallo Brasil. A diretora se apressa em esclarecer que, a despeito do tradicionalismo, a marca preferida dos brasileiros se empenha em agregar uma imagem moderna e atual ao produto. Está ai como prova, a série de campanhas promocionais, entre cursos, concursos, conferências na área da saúde e degustações dirigidas que a marca vem promovendo nos grandes centros. Daí que, mesmo sendo a líder de vendas em mercados não tão ilustrados e abastados, como o Nordeste brasileiro (onde as embalagens de 250ml. estouram em vendas), a Gallo não ousa em diversificar em produtos muito diferentes, em tipos de azeitonas ou azeites aromatizados. “Daria um nó na cabeça do consumidor”, alega Rita, que aponta a demanda crescente dos azeites, como “o novo sonho de consumo, até mesmo nas classes C”. A empresa Gallo, diante da tranqüila liderança no Brasil, acaba de lançar o Azeite Novo Extra Virgem – azeitonas novas e de acidez abaixo de 0,3% - destinado a esse emergente e melhor informado mercado que ela ajudou a formar.
“Uma parcela do consumidor brasileiro começa a conhecer e se interessar pelo assunto”, argumenta Rita Bassi, aludindo que paralelamente ao comércio é necessário criar uma “cultura do azeite”, assim como tem sido feito em outros setores, a exemplo do vinho. Sim, porque azeite é um universo tão ou mais complexo que seu “irmão de sangue” mediterrâneo. Assim como as vinhas, as azeitonas variam de cepas, aromas, qualidades, sabores. Garrafas de azeite também são datadas e sofrem os efeitos do tempo, da luz; um azeite virgem, tal como o vinho branco, deve ser consumido em no máximo 2 a 3 anos. E uma vez abertos, se oxidam, alterando-se as características.
Embora o Brasil venha respondendo por apenas 1% do consumo mundial de azeites (a parcimônia de 30 milhões de litros/ano), que atinge 3 milhões de toneladas anuais, já se registram sinais de “vida inteligente” nesse lado do planeta. Seja pelo viés da saúde, seja pelo ângulo da sofisticação da gastronomia, o fato é que lojas especializadas, como a Azaït, em São Paulo, estão encontrando um público ávido por novidades (à parte a variedade respeitável já presente nas gôndolas de bons supermercados).
O empresário Isaac Azar, que começou como importador e hoje trabalha com inúmeras marcas encontráveis na AZaït, apostou todas as fichas no azeite extra virgem. São mais de 70 variedades nessa linha, procedentes das mais qualificadas zonas produtoras do mundo. O cliente da Azït pode degustar de uma variada amostra antes de se decidir por um extra virgem italiano, ou grego, ou da Andaluzia, do Líbano, ou um azeite da Provence francesa. Aromatizados com ervas, trufas negras ou brancas, com pimentas ou de azeitonas mais suaves, para pratos a base de pescados, tudo pode ser encontrado nessa boutique de azeite, que também vem promovendo cursos de degustação para maior conhecimento do assunto. Os vidros de azeite mais procurados são os espanhóis e os italianos, informa a gerente da casa, Marta Abdalla. “A maioria de nossa clientela é composta de médicos, talvez porque eles já sabem de cor o que é bom para a saúde”, avalia.E aqui vai um resumo dos tópicos definidos por uma conferência mundial de saúde, sobre os benefícios do azeite, veiculado pela Associação Espanhola dos Exportadores de Azeite de Oliva (ASOLIVA):
O azeite de oliva virgem é uma fonte saudável de ácidos graxos e de centenas de micronutrientes, especialmente antioxidantes, como os compostos fenólicos, vitamina E e carotenóides.
Na teoria dos radicais livres, o envelhecimento é o resultado de danos oxidativos as células. Alguns desses danos convertem-se em disfunções celulares. Um baixo nível de ácido graxo monoinsaturado (do acido oléico) irá diminuir o estresse oxidativo celular.
A efetividade de uma dieta com azeite de oliva virgem no fortalecimento de membranas, por aumentar a resistência as modificações induzidas pelos radicais livres, já foi relatado. Foi também demonstrado que modificações oxidativas produzidas pela ingestão de gorduras fritas possam ser neutralizados quando usado o azeite de oliva.
O melhor aproveitamento dos teores graxos monoinsaturados (HDL) presentes nos azeites virgens se dá no consumo in natura – sem aquecimento.
Para cozinhar, o óleo de oliva também é o mais indicado, pois é a gordura que melhor suporta altas temperaturas sem causar danos e oxidar, como outros óleos. Mas no caso, basta um azeite comum, pois o extra virgem perde suas características se aquecido acima de 40o .

(matéria publicada na Forbes Brasil / maio 2007)
A temperatura e o alimento
Isaura Pinho Caliari

O verão traz consigo a alegria das férias e das festas, mas também, o perigo da temperatura que se eleva. Para o alimento, a temperatura, somada ao descuido é um mal que merece atenção.
Ano que termina, outro que se inicia, é a hora de fazer aquela lista de compromissos: o que devo fazer no próximo ano? Sugiro começar esta lista com uma afirmação:"Cuidados com os alimentos são cuidados com nossa saúde".
Ser radical, prestar atenção a tudo que se relaciona com a nossa alimentação é mais simples do que parece, e é o que faz a diferença.
a) Crie o hábito de lavar as mãos ao chegar em casa, principalmente, se for direto para cozinha.
b) Cuidado com a higiene dos ingredientes que usa.Deixe as folhas da salada mergulhadas em água comuma colher de vinagre, enquanto prepara outro prato.
c) Guarde na geladeira o que deve ser conservado gelado,não esqueça por horas, sobre a bancada da cozinha.
d) Tenha pelo menos três tábuas: uma para legumes, frutas e verduras, uma para aves e uma para outras carnes. Lave as tábuas depois de usá-las com uma solução de 1 litro de água para 10ml de água sanitária com concentração de 2% de cloro. Se a concentração de cloro for maior coloque menos água sanitária.

Pratique essas idéias, dissemine-as em sua família, transformando-as em bons hábitos!

Ratatouille e a Primavera
Isaura Pinho Caliari

Dicas & Truques

Assisti por estes dias Ratatouille, filme que leva o nome de um prato francês criado no século XVIII, trata-se de um divertido desenho animado onde o amor à cozinha transcende a repulsa natural que seria, ter ratos entre nossas panelas. Ratatouille que significa em português legume picado é um prato primaveril, colorido, de preparo rápido, prático, com um aroma que complementa os bons momentos, e é por este motivo que falo da primavera relacionando ao famoso guisado de legumes.O clima ameno e a explosão de cores na natureza são as principais características desta estação. E nesse período tão rico em legumes coloridos é propício para enfeitar nossa mesa com esta diferente, ao mesmo tempo contemporânea, e tradicional salada. Ela pode ser usada como acompanhamento de carnes, recheio de crepe, sanduíches ou canapés sobre torradas.
RATATOUILLE
Ingredientes (8 porções)
1 xícara de azeite
4 abobrinhas verdes pequenas em cubos médios
4 berinjelas pequenas em cubos médios
1 pimentão vermelho em cubos médios
1 pimentão amarelo em cubos médios
500g de tomates maduros picados sem pele e sem semente
3 cebolas médias em cubos
1 colher de sopa de alho picado
1 xícara de ervas frescas: tomilho e manjericão
2 folhas de louro
Pimenta do reino e Sal
Preparo
Há duas maneiras de fazer este prato, os puristas acham que devemos refogar separadamente cada legume, depois juntar tudo em uma panela, acrescentar os tomates nos últimos 2 minutos de cozimento e servir quente. Outros usam uma panela só e colocam os ingredientes por ordem do tempo de cozimento sempre com uma diferença de cerca de 2 minutos.
Primeiro o azeite depois os pimentões, a cebola, a abobrinha, o alho picado, o sal e a pimenta, e por último as ervas e os tomates.
Se desejar ainda pode ser levado ao forno para gratinar.
Dicas da receita
Berinjela
Corte-a em cubos mantendo a casca, distribua sal sobre os pedaços e deixe em um escorredor por pelo menos 30 minutos. Depois lave com água corrente enxugue e siga a receita.
Abobrinha
Use o mesmo procedimento da berinjela.
Pimentões
Ao limpar retire toda a parte branca de dentro dos pimentões
São estas partes que tornam o pimentão indigesto.
Alho
Se não gostar de alho substitua por alho poro, corte fino, ele tem sabor mais suave.
Inspire-se na Primavera!
Isaura Pinho Caliari

Dicas & Truques
Ao relacionar a primavera com a alimentação o mais provável é pensarmos em saladas, e temos razão, nelas as cores dessa estação se manifestam em sua melhor forma. O assunto é muito explorado, mas alguns comentários históricos e com relação a hora de servir a salada são interessantes.

A palavra salada deriva do latim herba salata, que significa erva salgada. Provavelmente as primeiras saladas de legumes e verduras frescas, eram temperadas somente com sal. Estas saladas cruas são muito apreciadas pelos franceses até hoje e chamadas de crudités. Alguns escritos culinários da Roma antiga, datados de Século I DC descrevem saladas mais elaboradas com legumes cozidos e crus temperados com ervas secas ou frescas, vinagre, óleo e um extrato de peixe salgado. O molho de vinagre lembra o nosso atual vinagrete básico e o extrato de peixe tem sua equivalência nas anchovas utilizadas em algumas saladas.

A arte de excitar os paladares é antiga e a salada pode iniciar ou não este processo. A salada de folhas pode ser servida como refrescante entrada, pode acompanhar o prato principal ou sucedê-lo. Ela pode até ser o prato principal em um almoço leve. Legumes cozidos ou crus, folhas de vários tons e texturas, mesmo que levem fatias de carnes frias, aves ou peixe, temperados com molho de limão, maionese, ou creme de leite também são consideradas saladas.

As cores possuem diversas qualidades e diversos efeitos excitantes sobre o sistema nervoso do observador. As cores são divididas em quentes e frias, as cores quentes são psicologicamente dinâmicas e estimulantes, sugerem alegria, excitação, movimento e proximidade, como a luz do sol, o vermelho do fogo, o verde profundo das matas. As cores frias são calmantes suaves e estáticas como o gelo, estas cores estimulam o afastamento e o isolamento.

Um almoço com pratos de carne ornamentados de pequenos tomates vermelhos, cenouras passadas na manteiga, brócolos ligeiramente escaldados, uma salada de couve-flor cozida e regada com um azeite de salsa picada são exemplos de como colorir seus pratos.

A primavera chega todo ano para mudar o tom das nossas vidas e das refeições, proximidade, calor é o que ela sugere. Para sentirmos a primavera é necessário que ela esteja também dentro de nós, trazendo alegria, sorrisos, que acompanham o bom-dia no elevador. Inspirar-se na primavera é saber dizer não, e estar disponível para o sim.

Mais Informações: Site Hortifruti

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Informações sobre combate à Dengue no estado do Espírito Santo
VIGILÂNCIA SANITÁRIA RECOMEÇA A VISTORIA
12/7/2004

Os fiscais da Vigilância Sanitária começaram a percorrer as padarias de Cachoeiro que foram classificadas com 1 ou 2 estrelas. No total, serão vistoriados 23 estabelecimentos, que tiveram 60 dias para se adequar às normas sanitárias.
Segundo Nametala Alves de Almeida, chefe da Vigilância Sanitária, ontem foram vistoriadas cinco padarias. “Geralmente são inspecionados 302 itens, e se forem encontradas irregularidades que interferem na qualidade do produto oferecido ao cliente, o local é notificado,” disse.

Autuações
Quando os fiscais voltam aos estabelecimentos irregulares e constatam que não foram feitas adequações, eles aplicam multas que podem chega a R$ 600; após três autuações o local pode ser interditado. Já aquelas padarias que se adequaram às normas sanitárias podem requerer nova visita dos fiscais a fim de requalificarem o estabelecimento, aumentando seu número de estrelas.
Segundo Nametala, os problemas mais comuns encontrados nesses locais são a falta de higiene nas cozinhas e falta de limpeza e manutenção dos maquinários e vasilhames utilizados no preparo dos alimentos. “Houve padarias em que encontramos até ratos e baratas nos ambientes de produção”, relata.
Ele lembra também que o estabelecimento, seja qual for, tem a obrigação de expor a classificação de estrelas que possui. “É uma forma de alertar o consumidor sobre a qualidade do produto que está adquirindo”, alerta Nametala. O consumidor que não encontrar explícitas as informações referentes à padaria podem denunciá-la à Vigilância Sanitária, já que é direito do consumidor ter à vista a qualificação do estabelecimento.

Vigilância Sanitária recolhe água mineral contaminada no Espírito Santo

22/11/2007 - Bom Dia Brasil


VITÓRIA - No Espírito Santo, autoridades de saúde condenaram a qualidade da água mineral vendida no comércio e também nos supermercados. A Vigilância Sanitária está recolhendo, em todo o estado, vasilhames de 14 marcas de água mineral. A medida veio depois de análises feitas pelo Departamento de Nacional de Produção Mineral.
Os testes apontaram a presença de bactérias e outras impurezas na água vendida por empresas do Espírito Santo. Para evitar o desabastecimento, o comércio já compra água de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
- Está vindo muita água de outros estados do Brasil para suprir a ausência da água do Espírito Santo - conta o gerente de supermercado Wanderlei Martins.
A Secretaria estadual de Saúde está analisando as marcas de água que não passaram no teste do departamento nacional. O Ministério Público também entrou no caso e já adiantou: os produtos recolhidos não vão voltar para o mercado, mesmo que os novos exames indiquem que a água não foi contaminada. Para o Ministério Público, outros problemas aconteceram.
- Vícios na sua captação, na forma de conservação, de manutenção e na sua rotulagem. Isso é inaceitável no sistema de defesa do consumidor vigente no país - afirma o promotor Saint Clair Júnior.
O Ministério Público também vai investigar o estado. Para o procurador do Centro de Defesa do Consumidor, Alexandre Guimarães, a fiscalização falhou.
- O agente público não pode brincar com a saúde pública. É dever do estado ser eficiente, e essa eficiência será exigida pelo Ministério Público - garante o procurador.
A Secretaria de Saúde do Espírito Santo divulgou nota em que informa ter feito uma contraprova em 7 das 14 marcas recolhidas e todas estariam próprias para o consumo. A secretaria prometeu ainda fazer testes nas outras sete marcas.
Anvisa barra produtos chineses à base de leite
A medida é preventiva, pois o Brasil não compra desse segmento

De olho na contaminação por melamina do leite em pó, que já atingiu 40.000 bebês na China, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta terça a importação de produtos chineses à base de leite e derivados. A medida é preventiva, pois o Brasil não compra produtos chineses desse segmento. Usada na indústria de plástico e cola, a melamina foi adicionada ilegalmente ao leite em pó para camuflar outra irregularidade: a adição de água ao leite cru. Pelo menos três bebês já morreram.

Fonte: Veja


Venda de leite adulterado pode gerar multa de R$ 1,5 mil à empresa


A Anvisa orienta os consumidores que perceberem diferenças no leite
Postado em 24/10/2007 - 02h00min


A venda de leite com irregularidades pode gerar multa de até R$ 1,5 milhão, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Dia 22, 27 pessoas ligadas a duas cooperativas (a Coopervale e a Casmil) foram presas na operação Ouro Branco. Catorze permanecem detidas em Uberaba e Passos, ambas em Minas Gerais. As sanções, segundo a agência, começam com advertência, mas podem chegar a multa. A agência informou que começará as análises no leite das empresas que compravam das cooperativas "assim que receber o balanço da operação da Polícia Federal".A Anvisa orienta os consumidores que perceberem diferenças na cor, no cheiro ou no sabor do leite a procurar a agência pelo e-mail alimentos@Anvisa.gov.br. Coopervale e Casmil, segundo as investigações "batizavam" o leite com soro para aumentar seu volume e adicionavam produtos químicos --água oxigenada, soda cáustica, entre outros-- para que ele durasse mais tempo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Encontrando o amigo do crachá.


Descobrindo a imagem do crachá.
Entrega de novos uniformes.

Hora da descontração.
Singela homenagem ao Sr José Cruz.
Dez anos na padaria Sandra.

Amigos da Padaria Sandra em São Pedro I no dia da reinauguração da produção de loja.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Gestão da Qualidade em Alimentos - SP

Achei este link, que julgo bem interessante aos que quiserem se aprofundar mais no assunto de boas práticas. Fala um pouco sobre as resoluções da prefeitura de São Paulo sobre o tema.

Gestão da Qualidade para Alimentos e Bebidas



Coxinhas podem causar infecções

26/10/2008 - texto de Priscilla Thompson



Ela é uma das preferidas em bares, lanchonetes e padarias, mas é, também, um grande risco à saúde, quando não preparada de forma adequada. As coxinhas podem apresentar índices altos de contaminação bacteriana, se não forem manipuladas e conservadas com higiene. Foi o que comprovou uma pesquisa realizada pelo Centro Universitário de Vila Velha (UVV).

De 10 coxinhas recolhidas em pontos diferentes de Vila Velha, seis tinham presença elevada de microorganismos. Além disso, em três delas, foram encontrados coliformes fecais em quantidade superior ao permitido, e, em uma delas, verificou-se a presença da bactéria Staphylococcus aureus, que pode causar vômitos, diarréias e outros problemas gastrointestinais.


"Não podemos generalizar os dados. Mas acredito que esses números se repitam com amostras maiores. A maior parte dos produtos colhida estava imprópria para consumo, e isso é muito significativo", afirma o professor de Microbiologia da UVV e responsável pela pesquisa, Marcus Alexandre Vaillant Beltrame.

Além de concentrar alto teor de gordura, a coxinha também deixa a desejar no quesito higiene. A manipulação do recheio e o tempo de fritura no óleo são os principais problemas apontados por nutricionistas e pela Vigilância Sanitária dos municípios.

"É um problema encontrado em todos os salgados recheados. Eles exigem atenção quanto à manipulação dos ingredientes. Quem produz e vende, deve estar uniformizado, com as mãos limpas, unhas aparadas e em contato com utensílios limpos", explica a nutricionista da Vigilância Sanitária da Serra, Ana Lúcia Leite Calanzani.

Outro cuidado importante na hora de preparar o alimento é certificar-se de que ele foi frito, também, no interior. Quando o recheio ainda está gelado, é sinal de que a temperatura do óleo não alcançou todo o produto, e os microorganismos não foram mortos.


Fique de olho Frituras. Mesmo frito em óleo quente, a coxinha de frango pode reter alguns microorganismos vivos
Higiene. O consumidor deve ficar de olho na higiene do ambiente e dos utensílios, além da uniformização dos funcionários do local e do uso de toucas

Tempo. Antes de consumir os salgados, pergunte se foram fritos há pouco tempo. Verifique, também, se está quente

Saiba. Antes da fritura, o produto deve ser conservado em local refrigerado, à temperatura máxima de 10° C

Interior. O salgado deve ser frito em óleo quente, e a alta temperatura alcançar o interior do alimento, em temperatura média de 75°

Tamanho. Quanto maior a coxinha, maior é o tempo que ela deve ficar no óleo, para que o interior do alimento seja alcançado pelo calor, e os microorganismos sejam mortos

Estufa. Depois de pronto, o salgado deve ser mantido em estufa, com temperatura de 37 a 45º C. Em temperatura diferente da ideal, os microorganismos sobreviventes podem voltar a se multiplicar

Consumo. Após frito, o produto deve ser consumido em até três horas. Ao passar desse prazo, representa riscos à saúde


Serra aperta cerco contra comerciantes

Desde o mês passado, a Vigilância Sanitária da Serra está apertando o cerco contra os comerciantes que vendem salgados em bares e lanchonetes. Quem recebe a visita dos agentes do órgão deve apresentar, agora, não só o seu alvará de funcionamento, mas, também, o da empresa fornecedora do produto.

Segundo a nutricionista da Vigilância Sanitária, Ana Lúcia Leite Calanzani, a medida visa garantir a qualidade dos alimentos vendidos. "Muitos salgados são feitos em casa, o que não é permitido. Queremos impedir que isso continue acontecendo", explica.

Segundo a coordenadora da Área de Alimentos da Vigilância Sanitária de Vitória, Renata Santos Brega, apenas a fiscalização dos ambulantes ainda não é rotineira no município, porque não existe um procedimento que especifique a abordagem.

Já em Vila Velha, a coordenadora da Vigilância Sanitária, Marizete de Oliveira Silva, explica que o número de estabelecimentos vem aumentando muito no município e, com isso, a demanda pela fiscalização.

Sujeira "Costumo abrir a coxinha antes de comer, para ver se não há alguma sujeira ou corpo estranho nela. Já cheguei a devolver uma porque estava muito escura e fria por dentro"

Cleiton Almeida , 16 anos, estudante